quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A sentença, o recurso e a reforma.

Postado por Thais Barros às 15:45 0 comentários



Quando o pecado entrou no mundo, a humanidade recebeu uma condenação.
Jesus, na qualidade de advogado de defesa recorreu da sentença.
Tendo em vista o fato de que para Deus, o justo Juíz, mil anos são como um dia, o recurso foi acolhido. Sim, foi tempestivo.
O diabo, com toda sagacidade de quem está acostumado a atuar na área de contencioso em massa logo se manifestou em contrarrazões, distribuindo a petição dentro do prazo, porque, afinal de contas, ele não perde tempo.




Tão logo os autos foram remetidos à segunda instância.
Nos autos continham a história de toda a humanidade e todas as peculiaridades de cada um de seus indivíduos, cuja maioria ainda estava para nascer.
Nas razões de apelação, fatos, teses e fundamentação jurídica, o advogado expôs de forma minuciosa os motivos de reforma da sentença.
Por outro lado, o advogado de acusação, com perspicácia e estratégias posicionou-se a favor de que a sentença fosse mantida.


Analisando os autos, pôde-se constatar que em primeira instância, não fora concedido o benefício da gratuidade de justiça e mesmo tendo agravado desta decisão, o réu não obteve êxito, sendo intimado a pagar as custas processuais.
Eram tempos difíceis, era o tempo da Lei, única e exclusivamente.
O advogado, por sua vez, comprometido em defender e assistir de forma gratuita e sem interesse este pobre réu, acreditando na possibilidade de uma sentença favorável decidiu arcar com todas as custas judiciais que se fizeram necessárias para o trâmite do processo.


As custas para o recurso se faziam imprescindíveis para que este remédio jurídico fosse conhecido na instância superior e este fator estava intimamente ligado aos fatos narrados no pedido de reforma da sentença (a apelação).

Jesus, o nosso advogado pagou todas as custas que se fizeram necessárias para advogar a nossa causa.

Abrir mão de sua Glória, vir ao mundo na forma de homem, se entregar fisicamente, ser cuspido, maltratado, humilhado, açoitado, ferido cruelmente e ter morrido por nós foi o preço, o fato, a tese e a fundamentação diante de Deus, para que o nosso recurso fosse aceito e provido, fazendo com que a sentença de morte fosse reformada e transformada em VIDA !


Todas as vezes em que o diabo ousar te acusar, deixe bem claro para ele que o recurso do sangue de Jesus derramado na cruz alterou a sentença de morte para a VIDA ETERNA!

O pecado, o diabo e a morte NÃO TÊM MAIS PODER SOBRE A VIDA DE QUEM ACEITOU A JESUS COMO SEU SALVADOR E ADVOGADO!
Aleluia!

(Desculpe os termos jurídicos, Deus falou comigo enquanto eu lia uma sentença no trabalho. Não tive como fugir.)


T. M. S.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

... sou sua menina, viu? ...

Postado por Thais Barros às 22:05 0 comentários




Ele se deita no sofá pra ver tv com braços de quem segura a barriga com o controle remoto em mãos me lembrando um vovô e rapidamente pega no sono se a programação exigir muita atenção ou for tediosa, e ele, estando cansado ou com preguiça não se esforça pra manter os olhos abertos, mas se esforça, quase que inconscientemente, para não me soltar.

Eu jogo os caldos em cubo que estavam na geladeira dele fora e semanas depois ele pensa saudosista da vida no caldo enquanto prepara uma rápida macarronada.
Ele não reclama dos meus pés tortos no painel do carro, ele acha até engraçado, e eu amo ser eu quando estou com ele.

Adoro quando ele me acorda às cinco da manhã cheio de manha, o único problema é o telefone que nos impossibilita um abraço.

Eu olho pra ele e vejo que descobri  um roqueiro encubado que ouve Korn e Metallica, mas curte e enaltece a MPB e que, engraçado isso, quando compra um cd quer ouvir todas as músicas ao mesmo tempo.

Ele é aquele homem que me envia os torpedos com as músicas mais lindas que retratam a nossa história e fazem o dia ser muito mais saboroso e cheio de melodia.

Ele é um apaixonado pela Carmem, por suas obras e seu tempero.
As cores dela dão vida à sala da casa dele e eu sinto toda essa vida quando a gente senta no chão à mesa de centro pra comer pizza.

Ele  tem um olhar que me abraça e me diz tudo sem palavras, um sorriso que me emudece e um jeito só dele de me chamar de pequena e meu amor.

Dependendo do filme, ele é capaz de assistí-lo umas trezentas vezes, se atrai facilmente pelo gênero épico e se perde e se encontra dentro de uma livraria sem esforço.
Ele se surpreende ao ler Brennan Manning e Philip Yancey e me convence sem querer, nem perceber, a aprender mais ao compartilhar suas experiências literárias comigo.

Eu sempre me lembro de sua voz cantando, quase que sussurrando, ao meu ouvido, a música de Caetano naquela noite de abril. (... te quero só pra mim, você more em meu coração...)
Eu queria alguém que completasse as músicas cujos trechos eu repentinamente esqueço se canto enquanto ando na rua. E ele sempre me ajuda a lembrar, mesmo que desafinado, ele canta pra mim.

Ele enxerga pessoas com todas as suas alegorias (defeitos, vícios, manias e afins), e elas continuam tendo sua importância como pessoas para ele.
Não, não que isto signifique que ele ame tais pessoas, não ainda, significa que ele está despido de qualquer julgamento.

Ele usa uma mochila que carrega a casa dentro (de tão pesada) e usa a mente como quem carrega o mundo.

Entre nós existem muitas semelhanças.
Gostamos, conceituamos, preferimos, pensamos...
Não porque somos um, mas porque somos assim, cheios de parágrafos justificáveis (parecidos), fica mais fácil de ser um em algum dia.
Carregamos também nossas diferenças, poucas talvez, e esse sabor cítrico na nossa combinação é um detalhe envolto de respeito e permissão.
Se voltássemos ao tempo e ele me perguntasse novamente se eu tenho medo, eu responderia o mesmo que antes: Não!
Ele tem detalhes que são só pra mim e características que muitos desconhecem e outras que ninguém sequer desconfia.

É, ele tinha razão ao dizer que os outros foram meros relacionamentos, o que temos agora é uma vida.

Ele é servo, amigo e filho de Deus, o menino da Carmem e o meu rapaz.

A gente deita no sofá, e eu não me importo se ele dorme, eu também fecho os olhos.



T. M. S.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Talvez fosse isso que precisávamos além do querer...

Postado por Thais Barros às 12:33 0 comentários





Não uma entrega superficial, mas aquele tipo de entrega cujas vestes são nada a mais, nada menos que a própria pele.

A alma despida de qualquer reserva, posta a prova de qualquer dor, livre de qualquer história passada.

Precisávamos de entrega, aquela entrega despretensiosa, imprevisível, orgânica, e cheia de vontade de ser o que somos e sentir o que quisermos, vivendo sem receio de correr o risco de errarmos e/ou acertarmos e sermos felizes.

Talvez fosse isso que precisávamos além do querer...
Um “acaso”, uma entrega, alguns riscos a correr e um rabisco que dê início a uma história.



T. M. S.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Por alguma razão a vida é feita de esperas...

Postado por Thais Barros às 12:56 0 comentários


... esperas cheias de quereres...






Esperamos pelo que não vemos.
Esperamos pelo que nunca teremos.
Esperamos a volta do que perdemos.
Esperamos pelo que nunca retornará.
Esperamos pelo que nos arrancaram.
Esperamos a paz mundial.
Esperamos a cura da SIDA.
Esperamos ser correspondidos no amor.
Esperamos ser atendidos sempre.
Esperamos o bem.
Esperamos que Deus execute o nosso querer.
Esperamos reconhecimento.
Esperamos crescer na vida.
Esperamos passar de ano.
Esperamos uma companhia para esperar com a gente.
Esperamos que a companhia seja boa.
Esperamos que dê tudo certo.
Esperamos ser ouvidos.
Esperamos conseguir "aquele" emprego. (qualquer que seja)
Esperamos o retorno do telefonema.
Esperamos nove meses para conhecer o mundo aqui fora.
Esperamos quase uma vida inteira que as coisas melhorem.
Esperamos resolver logo os problemas.
Esperamos o diploma para ser mais alguém, além de cidadão. (um profissional)
Esperamos o tempo passar.
Esperamos entender as perdas.
Esperamos que tenha valido a pena ter feito determinadas escolhas.
Esperamos novidades.
Esperamos conhecer pessoas boas.
Esperamos ser felizes.
Esperamos uma vida de sucesso.
Esperamos casar e ter filhos. (ou)
Esperamos não casar e não ter filhos.
Esperamos ser entendidos.
Esperamos o tempo para cada coisa.
Esperamos no portão.
Esperamos no ponto.
Esperamos na fila.
Esperamos castigo diante dos erros.
Esperamos vitória nas competições.
Esperamos que gostem da gente.
Esperamos que a vida siga de acordo com o planejamento. (nosso)
Esperamos independência.
Esperamos o sol na praia.
Esperamos que o café esteja quente.
Esperamos não nos perder.
Esperamos nos desapegar.
Esperamos realizar os sonhos.
Esperamos gostar da música.
Esperamos a roupa secar no varal.
Esperamos que as crianças estudem, brinquem e cresçam.
Esperamos que haja educação.
Esperamos não se atrasar.
Esperamos amar o próximo.
Esperamos a fidelidade dos outros.
Esperamos responsabilidade diante dos compromissos.
Esperamos acertar o tom da música.
Esperamos alcançar os objetivos.
Esperamos ser respeitados.
Esperamos conhecer algum lugar. (Paris, Viena, Londres, Nova York)
Esperamos ter certeza do que sentimos e falamos.
Esperamos não errar pela "milésima" vez.
Esperamos não se arrepender.
Esperamos pelo fim de semana.
Esperamos que as pessoas cresçam.
Esperamos a comida ficar pronta.
Esperamos que a comida fique boa.
Esperamos que o casaco esquente no frio.
Esperamos que a religião pare de matar pessoas no oriente médio.
Esperamos que haja desinflação.
Esperamos ser perdoados.
Esperamos a chuva passar.

Esperamos...  E tanto queremos.

Esperamos por respostas num mundo cheio de interrogações e pontos finais que jamais serão antecipados por vírgulas com vocativos e explicações.

Por alguma razão a vida é feita de esperas, esperas cheias de quereres.


T. M. S.

sábado, 6 de abril de 2013

J'ai peur ... Encore.

Postado por Thais Barros às 13:26 0 comentários



Não há brilhantismo nas paixões a não ser  naquelas em que encontramos nada além da verdade.
A triste realidade é que não se pode ter certeza sobre o que é verdade quando a necessidade é que numa história dessa exista outra parte que não seja eu.


T. M. S.


Ao olhar-te, percebo que...

Postado por Thais Barros às 11:31 0 comentários


...

Existem as pequenas coisas que ninguém visualiza além de mim.
E através dessas pequenas coisas eu encontro você, dentro de uma crosta resistente chamada superficialidade, a tua cápsula de segurança.

Ao olhar-te percebo que desbloqueei tuas reservas, burlei tua solidão, delicadamente continuo a abrir tua cápsula e romper tuas camadas, alma.

Este é o melhor de todos os encontros.

Ao olhar-te percebo que já não tenho reservas para dizer que amava a solidão até você chegar e abrir a crosta que escondia e assegurava-me a alma.

E são as pequenas coisas que fazem de nós espelhos de nossa entrega.



T. M. S.

sábado, 2 de março de 2013

Capítulo 02

Postado por Thais Barros às 09:53 0 comentários
Na maioria das vezes ou para a maioria das pessoas você tem um olhar cansado, de quem trabalha e se vira sozinho dentro de casa, ou como alguns podem achar é apenas aquele olhar de alguém com mais de 30.

Pra mim isso seria o suficiente, mas é ínfimo diante do que vejo e descubro todos os dias nesse olhar.


Sobre o olhar do meu anjo eu escrevi mais um capítulo...





Teu olhar...

Me sorri sem dentes e boceja lindo depois das dez da noite.
Aliás, depois das dez, você fica muito mais irresistível.

Me leva a lugares distintos, jamais conhecidos.
E eu iria onde ele quisesse me levar.

Me arranca sorrisos e gargalha comigo.
Responde muito bem ao estímulo do meu olhar.

Me fala em silêncio e usa termos que jamais foram ditos.
Tem sempre algo a ensinar, como calar até quando não há voz.

Me tira palavras, me põe no lugar certo e retoma rédeas perdidas.
Da mesma forma traz melodias, histórias e poemas. Me inspira.

Me acaricia a alma, é o abraço que ela tanto ama.
E guarda minha fragilidade em você, é repouso e abrigo para o meu olhar.

Me congela no calor e aquece no frio.
Faz mover este meu olhar que nada sentia.

Me prende sem algemas a uma liberdade incontida.
Eu me rendo facilmente a coerção que ele tem, teu olhar.

Me devora todos os pedaços enquanto me examina em cada traçado que me compõe.
Faz minha respiração oscilar a ponto de quase perder o ar.

São castanhos médios, que tendem a ficar claros no sol ou quando você está cansado demais, teus olhos.
O esquerdo de pequeno que é, diminui um pouco mais quando o sono chega e você fica assustadoramente lindo e convidativo, mas lindo do que já o é.

Teu olhar tem dessas coisas que ninguém mais vê além de mim...
 E eu curto ser a única nisso.



T. M. S.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Capítulo 01

Postado por Thais Barros às 21:52 0 comentários
Sobre o olhar do meu anjo eu tenho alguns capítulos...






Meus olhos, quase que em estado de hipnose.
Tragando os teus.
Admito que a ausência de luz e a comodidade do chão frio da sala me deixaram a vontade para olhar pra onde eu quisesse e não havia lugar melhor que você para repousar minha visão.

Por mais que os meus olhos pertencessem a você, eu olhava longe, como alguém que enxerga além do mundo.

Segui teus traços com os olhos e a ponta dos dedos, como quem examina, e guardei para mim a lembrança do teu rosto. Adoro tocar teu rosto!
Demos início a uma pequena disputa de olhares, eu dispenso fugas em momentos como este.
Aliás, eu hesito fugir de você em momento qualquer.

E o que antes era apenas um descanso tornou-se uma busca, eu buscava palavras, pensamentos e tudo mais que os teus olhos pudessem ou quisessem dizer.
A verdade é que eles nada afirmavam, eles vagueavam na mesma busca que eu.
Entender os olhos que refletiam nos teus, e estes eram os meus.

Meus olhos descobriram o fim da guerra e por fim renderam-se a você, que já me olhava como quem me cercava por todos os lados até prender-me contra a parede.
Engraçado, nós não saímos do lugar.
Ainda estávamos sentados no chão frio da sala à meia luz, quase que recostados no sofá...




T. M. S.

Sou sem medo de ser...

Postado por Thais Barros às 17:13 0 comentários


ESPONTÂNEA...





Sou atípica, imprevisível e atemporal.
Eu sou do jeito que a sociedade reprova, a luz escura da civilização.
A antítese do padrão.
Sou tempero, sou veneno, sou cura.
Eu sou do gosto que o meu bem gosta, ardo na boca e queimo a alma.
O sabor exclusivo dele.
Sou procura, sou pergunta, sou resposta.
Eu sou um universo de idéias, conceitos, desejos e descobertas novas.
A reticência em vida...


Sou menina abrindo a caixa.
Sou moça abrindo a alma.
Sou mulher abrindo a cabeça e o corpo.
Sou as três ainda e não me importo com a simultaneidade de os ser.


Sou tudo isso depois de ter lido "Via Crucis do Corpo" de CL e relido a minha vida.
E por sinal são duas ótimas leituras.


T. M. S.




sábado, 23 de fevereiro de 2013

Aquela pessoa...

Postado por Thais Barros às 11:11 0 comentários






Para viver um romance intenso você não precisa se esforçar tanto.

É só encontrar aquela pessoa...

Que faz você sentir borboletas no estômago só de ver seu nome no identificador de chamadas quando o telefone toca, que faz as pernas bambearem só de saber que está a ponto de chegar no cinema para assistirem um filme juntos, mesmo que ainda esteja presa no trânsito, que faz o teu coração disparar quando finalmente chega ao encontro, que faz você ter espasmos pelo corpo toda vez que fica a milímetros de distância de você, que tem o abraço feito sob medida para o seu corpo e que toda vez que toca teus lábios te beija como se você nunca tivesse sido beijada antes.

Aquela pessoa...
Que não faz promessas, nem cria expectativas, mas faz todo dia ser único na tentativa de te fazer sorrir bonito.
Aliás, ele promete apenas TENTAR fazer dar certo. 
E pra mim isso basta. Pra você não?


Aquela pessoa...
Que te acorda de manhã com o trecho de uma música linda, cujo gênero é um dos seus favoritos. E que odeia os mesmos gêneros musicais que você.

Aquela pessoa...
De gosto, idéias, quereres e conceitos muito parecidos com os teus e que em razão disso, sempre tem algum assunto instigante para iniciar um diálogo cheio de trocas com você. 

Que não tem frescura, nem medo de pequenas coisas ou insetos (como baratas).
Que curte trilha, praia, sol, lua, aventuras e cada momento de forma entregue e intensa.

Aquela pessoa...
Que fala da sua beleza exterior e interior, entrelinhas e diretamente, e que vê em você qualidades e características que nem mesmo você consegue ou conseguia enxergar antes.
Que tenta conhecer cada tipo de olhar, sorriso e entonação de voz que você tem durante o dia e a noite.


Aquela pessoa...
Que chama de loucos todos os caras que te deixaram partir.

Que te trata como se você fosse a sua criança, frágil e pequena...
De uma forma especial e única, como nenhuma outra pessoa.


Aquela pessoa...
Que também não precisou de tanto esforço.
E que teve apenas um “trabalho”, tal como você...
Ser ela mesma.


T. M. S.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

E foi assim que começou...

Postado por Thais Barros às 15:09 0 comentários







De início eu já imaginava quão assombroso e perturbador seria nosso relacionamento.
Não esperava nada bom, não criei expectativas, não fazia cobranças, e mesmo que eu não estivesse errada, você sempre teve a razão e não precisava mudar em nada.
No entanto quem precisava de mudança era eu.
Havia mais ódio que amor. Ou melhor, não havia amor.
Quando rompemos pela primeira vez foi libertador para mim; fui apresentada a vida.
Conheci artistas, músicas e livros que eu anteriormente sequer tinha ouvido falar.
Finalmente evolui, respirei, voei... E...
Caí feio!
Prefiro nem lembrar como foi a nossa volta, totalmente contra a minha vontade.
Mais uma vez entrei nessa e já sabia o que me aguardava; insônia, lágrimas e muitas tentações e pior... 
Tudo isso por um longo tempo.
Pela primeira vez eu abdiquei de um amor verdadeiro para algo mais seguro; eu e você.
Era tudo o que parecia mais estável para mim, um relacionamento assim, sem sal, daquele que não dá gosto.
O tempo foi passando e aquilo que antes era tão imposto e obrigado a mim já tinha se tornado habitual, suportável e “indiferente”.
Se antes eu não suportava seu gosto, cheiro e cor, agora já tinha se tornado insípido, inodoro e sem cor.

Adiar um encontro, se atrasar, não se preocupar com as minhas datas comemorativas e não demonstrar qualquer tipo de carinho ou afeto pouco importava.
Passei madrugadas acordada por sua causa, me envolvi demais nisso, mesmo sem querer me envolver.
Aprendi a gostar de café, mate, coca-cola, Red Bull e tudo o que pudesse me manter nessa maratona que era estar com você.
Nosso relacionamento já não tinha razões para existir, assim como não tinha razões para extinguir, estávamos na fase do 'deixa estar'. Pois é, deixamos estar por cinco anos.
Finalmente rompemos, isso tem pouco tempo.
Não estou nenhum pouco ‘deprê’.
Mesmo que em algum momento eu odiasse o fato de que você poderia mudar a minha vida com esse jeito imparcial e intruso de ser, hoje eu percebo...
Você me marcou e me tornou uma pessoa melhor.

Me deixou um currículo e um diploma que será posto na parede ou na gaveta, ainda não sei.

É, a Faculdade de Direito chegou ao fim!

T. M. S.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Fênix

Postado por Thais Barros às 17:30 0 comentários



A verdade é que a chama renasce das cinzas toda vez que o destino me aproxima de você.

T. M. S.

Uma questão matemática

Postado por Thais Barros às 17:21 0 comentários




Eis a forma jamais nomeada,
De natureza desconhecida e origem não identificada; EU.
Assim como os ângulos sinuosos que possuo,
Incontáveis também são os meus lados desiguais.
Eu, uma forma sem fórmulas,
De razoável explicação e difícil entendimento.
Sou pedra lapidada pelo tempo,
Pelas pessoas, pelas dores e amores,
Por tudo o que vem e passa.
Sou fragmento de uma descoberta,
Sou partícipe da experiência de ser complicadamente EU.
Meu lado avesso não é o mesmo,
Digamos que talvez eu seja pior.
Pior que ser mulher, pior que álgebra ou aritmética.
Sou o valor dos meus lados
Postos a prova de um caráter que natureza ou origem alguma rotulará,
Cuja soma, subtração, divisão ou multiplicação não decifra, mas resulta.

Sou...
Uma questão matemática.



T. M. S.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Aquele era apenas mais um vento

Postado por Thais Barros às 11:46 1 comentários



... Daqueles que vêm, passam, passeiam entre as brechas, destroem o que foi construído com esforço e sacrifício, corrompem a essência, levam consigo algo ou alguém de muito valor e aguardam a próxima porta aberta no caminho para partir.

O problema é que depois  que este vento toma conta de tudo, principalmente de você, ou ele deixa suas consequências, das piores possíveis e vai embora mesmo, ou ele se impõe por um tempo e fomenta pequenas faíscas que tendem a crescer com o tempo.

Quando você menos espera, além de passar de brisa para tornado, as faíscas transformam-se em incêndio.

Ah, o breve espaço desta mistura coloidal entre o tempo e aquele vento, logo aquele vento, dele nasce cada invento: a inconstância, a insegurança, o medo, a dor, o trauma, a morte... Dá lugar a mágoa, raiva, tristeza...

Aquele era apenas mais um vento, daqueles que deixam feridas e cicatrizes muito parecidas, profundas, inesquecíveis, quase irremediáveis, que marca uma ou mais vidas e modificam gerações.

Aquele vento era a força de uma escolha, você não escolhe por ele, você escolhe abrir a porta e as brechas, dar uma volta entre as portas, e a força, a manifestação do poder de uma escolha, desta escolha, te "obriga" a viver tal resultado.

O resultado de uma escolha chamada pecado.

Aquele era apenas mais um vento, no meio de todos que você passou ao preterir pecar mais uma vez.
E em cada vento que vem e passa, por conta de uma escolha não rejeitada, as coisas mudam, saem do lugar, são levadas, são perdidas por um tempo ou para nunca mais.

Aquele era mais um vento que você não precisava viver.
Aquele era mais um vento que não podia ser.


T. M. S.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Não, eu definitivamente não acredito no evangelho.

Postado por Thais Barros às 10:50 0 comentários



Eu o desconhecia, mas aos poucos ele se instalou, ganhou espaço e se revelou.
O evangelho, digo, o "evangelho".

Não sei se você também o conhece, mas ele é popular, ganhou grandes amigos nesse caminho, até chegar aqui ele fez "relevantes" alianças e ganhou a confiança de muitos.

Eu não acredito em um evangelho embevecido de arrogância, prepotência e ganância.

Eu não acredito num evangelho de meio termo, meia boca, meias verdades.

Eu não acredito num evangelho em que triunfa-se o tempo todo, aquele que você procura para ter o carro do ano, a casa própria, o casamento multimilionário.

Eu não acredito num evangelho onde as pessoas atrelam o verbo prosperar e suas variações única e exclusivamente a questão finanças e negócios.

Eu não acredito num evangelho onde o "Pastor" de uma igreja anda de Mercedes e um membro da mesma faz um caminho a pés de quase uma hora ou mais até chegar ao templo por não ter recurso para a passagem.

Eu não acredito num evangelho que seja diferente do que li no novo testamento, hoje temos crentes, igrejas e visões de vários tipos, vários deuses, ídolos e afins.
E nestas variações, eu não sei porque, mas eu não consigo encontrar Deus, daí a minha descrença.

Eu nao acredito num evangelho que está de mãos dadas com políticos corruptos e mentirosos, que recebe milhares e milhões para apoiar candidatos, que põe os mesmos em púlpitos e coloca microfone em suas mãos.

Eu não acredito em um amontoado de verdades inventadas, doutrinas forjadas, igrejas que transformaram-se em empresas, cujas filiais, ou melhor franquias tem de arrecadar X por mês, caso contrário tal franquia será fechada.

É isso parte do "evangelho"?

Não creio que o evangelho seja isto tudo, ou melhor...
SÓ isso tudo.

Esse tipo de evangelho é sujo demais para eu dizer que a essência dele é Cristo, o imaculdao, limpo, Santo!

Não, eu definitivamente não acredito nesse "evangelho", mesmo que ele esteja à venda por um precinho tão barato!

Eu acredito no evangelho no qual o ministério do pastorei é levado a sério e seguido a risca de acordo com a Bíblia, onde o Pastor não age como empresário ou gerente, mas como Pai, conselheiro, anjo da igreja do Senhor estabelecida na terra, um homem ou mulher de fala e espírito manso, humilde e sábio. (Pv. 16 . 21)

Eu acredito no evangelho que conserva os valores e os princípios incutidos na Palavra da verdade e nada mais, além dela, é aplicado como regra ou referência para a vida.

Eu acredito no evangelho onde prevalece o amor genuíno e regenerador, aquele que é descrito por Paulo em I Co 13, amor que vem do Cristo que disse para aprendermos dele, que é manso e humilde e que assim também foi quando viveu neste mundo como homem.

Eu acredito no evangelho que era pregado na igreja primitva, onde tudo compartilhava-se, onde tudo era comum, uma só fé, um só amor, uma só visão, um só Deus, todos eram iguais sob muitos aspectos quanto igreja, comunidade e família, onde o interesse dos irmãos era o de ser servos e amigos de Deus, apenas isso.


Estamos em um nova época?
A tecnologia avançou?
Sinto em lhe informar, Deus é o mesmo e a sua Santa Palavra também.

Em qual evangelho você prefere acreditar?
Eu definitivamente não acredito no "evangelho" que os homens inventaram, mas eu acredito no evangelho do Cristo, aquele que pagou um alto preço para que pudéssemos desfrutar das maravilhas que a incrível e poderosa boa nova de Jesus traz para todos aqueles que desejam.



T. M. S.
 

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