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Ela chega pesada.
Carrega fardos, carrega dores.
Preserva seus rituais de pura religiosidade, segura seu terço.
No entanto há algo mais.
Há marcas e apego. Há também desespero.
Desespero em meio a espera de uma resposta.
Ela ajoelha, reza. Senta, larga seu terço à sua esquerda.
Leva as mãos ao rosto como quem se esconde, finalmente ora.
Faz a alma transbordar e chora. Chora sem parar.
Aos poucos, enquanto a observo sinto sua leveza, sua alma flutuando.
Já sem fardos ela se levanta.
A moça não precisava de rituais, religiosidade ou rezas.
Ela só precisava orar.
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