terça-feira, 23 de outubro de 2012

Aquele era apenas mais um vento

Postado por Thais Barros às 11:46 1 comentários



... Daqueles que vêm, passam, passeiam entre as brechas, destroem o que foi construído com esforço e sacrifício, corrompem a essência, levam consigo algo ou alguém de muito valor e aguardam a próxima porta aberta no caminho para partir.

O problema é que depois  que este vento toma conta de tudo, principalmente de você, ou ele deixa suas consequências, das piores possíveis e vai embora mesmo, ou ele se impõe por um tempo e fomenta pequenas faíscas que tendem a crescer com o tempo.

Quando você menos espera, além de passar de brisa para tornado, as faíscas transformam-se em incêndio.

Ah, o breve espaço desta mistura coloidal entre o tempo e aquele vento, logo aquele vento, dele nasce cada invento: a inconstância, a insegurança, o medo, a dor, o trauma, a morte... Dá lugar a mágoa, raiva, tristeza...

Aquele era apenas mais um vento, daqueles que deixam feridas e cicatrizes muito parecidas, profundas, inesquecíveis, quase irremediáveis, que marca uma ou mais vidas e modificam gerações.

Aquele vento era a força de uma escolha, você não escolhe por ele, você escolhe abrir a porta e as brechas, dar uma volta entre as portas, e a força, a manifestação do poder de uma escolha, desta escolha, te "obriga" a viver tal resultado.

O resultado de uma escolha chamada pecado.

Aquele era apenas mais um vento, no meio de todos que você passou ao preterir pecar mais uma vez.
E em cada vento que vem e passa, por conta de uma escolha não rejeitada, as coisas mudam, saem do lugar, são levadas, são perdidas por um tempo ou para nunca mais.

Aquele era mais um vento que você não precisava viver.
Aquele era mais um vento que não podia ser.


T. M. S.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Não, eu definitivamente não acredito no evangelho.

Postado por Thais Barros às 10:50 0 comentários



Eu o desconhecia, mas aos poucos ele se instalou, ganhou espaço e se revelou.
O evangelho, digo, o "evangelho".

Não sei se você também o conhece, mas ele é popular, ganhou grandes amigos nesse caminho, até chegar aqui ele fez "relevantes" alianças e ganhou a confiança de muitos.

Eu não acredito em um evangelho embevecido de arrogância, prepotência e ganância.

Eu não acredito num evangelho de meio termo, meia boca, meias verdades.

Eu não acredito num evangelho em que triunfa-se o tempo todo, aquele que você procura para ter o carro do ano, a casa própria, o casamento multimilionário.

Eu não acredito num evangelho onde as pessoas atrelam o verbo prosperar e suas variações única e exclusivamente a questão finanças e negócios.

Eu não acredito num evangelho onde o "Pastor" de uma igreja anda de Mercedes e um membro da mesma faz um caminho a pés de quase uma hora ou mais até chegar ao templo por não ter recurso para a passagem.

Eu não acredito num evangelho que seja diferente do que li no novo testamento, hoje temos crentes, igrejas e visões de vários tipos, vários deuses, ídolos e afins.
E nestas variações, eu não sei porque, mas eu não consigo encontrar Deus, daí a minha descrença.

Eu nao acredito num evangelho que está de mãos dadas com políticos corruptos e mentirosos, que recebe milhares e milhões para apoiar candidatos, que põe os mesmos em púlpitos e coloca microfone em suas mãos.

Eu não acredito em um amontoado de verdades inventadas, doutrinas forjadas, igrejas que transformaram-se em empresas, cujas filiais, ou melhor franquias tem de arrecadar X por mês, caso contrário tal franquia será fechada.

É isso parte do "evangelho"?

Não creio que o evangelho seja isto tudo, ou melhor...
SÓ isso tudo.

Esse tipo de evangelho é sujo demais para eu dizer que a essência dele é Cristo, o imaculdao, limpo, Santo!

Não, eu definitivamente não acredito nesse "evangelho", mesmo que ele esteja à venda por um precinho tão barato!

Eu acredito no evangelho no qual o ministério do pastorei é levado a sério e seguido a risca de acordo com a Bíblia, onde o Pastor não age como empresário ou gerente, mas como Pai, conselheiro, anjo da igreja do Senhor estabelecida na terra, um homem ou mulher de fala e espírito manso, humilde e sábio. (Pv. 16 . 21)

Eu acredito no evangelho que conserva os valores e os princípios incutidos na Palavra da verdade e nada mais, além dela, é aplicado como regra ou referência para a vida.

Eu acredito no evangelho onde prevalece o amor genuíno e regenerador, aquele que é descrito por Paulo em I Co 13, amor que vem do Cristo que disse para aprendermos dele, que é manso e humilde e que assim também foi quando viveu neste mundo como homem.

Eu acredito no evangelho que era pregado na igreja primitva, onde tudo compartilhava-se, onde tudo era comum, uma só fé, um só amor, uma só visão, um só Deus, todos eram iguais sob muitos aspectos quanto igreja, comunidade e família, onde o interesse dos irmãos era o de ser servos e amigos de Deus, apenas isso.


Estamos em um nova época?
A tecnologia avançou?
Sinto em lhe informar, Deus é o mesmo e a sua Santa Palavra também.

Em qual evangelho você prefere acreditar?
Eu definitivamente não acredito no "evangelho" que os homens inventaram, mas eu acredito no evangelho do Cristo, aquele que pagou um alto preço para que pudéssemos desfrutar das maravilhas que a incrível e poderosa boa nova de Jesus traz para todos aqueles que desejam.



T. M. S.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Um novo tempo passado

Postado por Thais Barros às 12:29 1 comentários




Eu sou de um outro tempo, de quando a forma de levar a vida se renovava e não repetia.

Do tempo em  que a moda lançava tendência e não era chamada, em tempo algum, de retrô. 

Uma época em que as pessoas levavam anos para dizer a alguém uma curta frase:
Eu te amo.
E não dizia isso a mais ninguém.

Eu sou do tempo em que amigas não trocavam de par, apenas pares de sapato, e com  o mesmo parceiro passava o resto de sua vida.

Eu sou do tempo em que divertir-se não custava tão caro.
Custava a vida, era só viver.

Um periodo em que dificilmente descobria-se escândalos de corrupção.
Infelizmente eles sempre existiram, no entanto ser corrupto foi aprimorando-se com o passar do tempo.


O único detalhe dessa estória é que eu nasci no tempo errado, no tempo que não era meu.

Estes eram relatos que eu ouvia quando pequena...

E o tempo que chegava empurrava para trás o tempo no qual eu gostaria muito ter vivido

Eu era do tempo e ele era meu...
Apenas no querer.


T. M. S.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Saudade das sextas...

Postado por Thais Barros às 01:07 0 comentários



Podemos ficar meses sem se ver, se tocar e dias ou semanas sem se falar.
Pode até haver um dia ou mais que eu não pense em você, nem você em mim, não por que não nos importamos, mas pelo acumulo de trabalho, preocupações e responsabilidades que, por incrível que pareça, excedem as nossas necessidades vitais.

Diante disto, poderíamos até agir como estranhos,
Uma vez que proximidade proporciona intimidade e entre nós a distância predomine.
Nada mais natural do que nos limitarmos a uma olhada firme, com pudor, daquela que nos faz balançar a cabeça na vertical para baixo e para cima, se cruzarmo-nos na rua ou a um simples olá numa festa de algum amigo comum e não irmos além disso: de uma simples olhada ou um simples olá.

Mas eu não sei por que isso tem que ser diferente com a gente.
Nossos olhares são despidos de formalidade, sem vergonha, sem pudor.
Seus olhos me tragam com tamanha intimidade e conhecimento, confirmando cada detalhe do meu rosto e corpo ou observando meu cabelo.
Percebo então como pode ser bom o acumulo de trabalho, para não pensar na necessidade que teria de satisfazer o pensamento, evoluindo meu desejo para a realidade.

Sim, podemos ficar meses sem se ver ou tocar, dias ou semanas sem se falar, um dia ou mais, muito mais, sem pensar um no outro, mas...
Isso pouco importa diante da intensidade dos nossos encontros.
E hoje foi um daqueles dias improdutivos no trabalho.
Acabei pensando em você.



T. M. S.

sábado, 2 de junho de 2012

... palavras apenas, palavras pequenas, palavras...

Postado por Thais Barros às 03:58 0 comentários




Diga-me uma palavra e eu a tirarei de uma caixa. 
Eu guardo palavras em cartas que nunca enviei, em declarações que nunca fiz.

Gravei palavras em relacionamentos imaginários e amores não consentidos.
Criei meus contos.

Esculpi monumentos e traduzí-os em palavras.  
Guerras destruíram tais monumentos, mas as palavras ficaram, fincaram pilares que jamais serão removidos.

E assim é a palavra, a estaca que não será extirpada, o adereço da magoa, a flecha lançada, a maçã mordida, a morte e a vida. 
Aquilo pelo qual não podemos voltar atras.

Por isso eu as guardei, eu as guardei para que ninguém sofresse as consequências dessa viagem sem volta.

Apenas eu carrego as penas das palavras exteriorizadas, mesmo que tenham sido em cartas que nunca foram enviadas, mesmo que tenham sido aquelas que joguei na frente do espelho e ricochetearam para a minha alma.  


Palavras... Diga-me uma, talvez seja a que guardei para você. 





 T. M. S.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sinto saudade....

Postado por Thais Barros às 13:42 0 comentários




Talvez eu não saiba a profundidade do mar ou onde eu posso chegar cavando um buraco no chão.
Talvez eu consiga enxergar a linha do equador, pintada com lápis de cor, em alto relevo.

Talvez tantas coisas, nunca para poucas e a única certeza que encontro é essa saudade.
Queria que você fosse este mar ou que pelo menos o buraco do chão me levasse à você.

E eu sinto saudade, tanta saudade do meu Cadu.




 T. M. S.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Cota Racial, sou totalmente contra!

Postado por Thais Barros às 00:20 0 comentários














Você se considera:

(x) Branco (a)
(x) Amarelo (a)
(x) Pardo (a)
(x) Negro (a)





Sou índia, indiana, brasileira, africana, libanesa, portuguesa...
Em minhas veias correm rios de sangue que se encontraram durante gerações.

Sou Moura, Soares, Mendonça, Vidal...
Sou Silva!

Não sou apenas o que os brasões dos meus nomes evidenciam.
Eu sou o berço de muitas histórias, o resultado da agregação de várias famílias, herdei culturas, herdei as minhas características físicas...

Mas certamente tais características não determinam o meu caráter,
Muito menos a minha capacidade.

Sou o resultado de casamentos arranjados, amores proibidos, relacionamentos consentidos...

Sou branca, amarela, parda, sou negra!
Sou a mistura de todas as raças!

Não apoiar a Cota racial não faz de mim uma fascista, racista ou o que você quiser chamar.

Eu apoio a igualdade!

Sou contra a Cota Racial!









T. M. S.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Alguém pra colorir meu inverno...

Postado por Thais Barros às 22:41 0 comentários







Folhas de outono, elas batem na minha janela em queda livre.
Então eu abro as vidraças que me protegem da fria brisa que antecede o inverno e deixo o aroma úmido da estação invadir o quarto.

Folhas de outono, folhas que cobrem a minha alma se vão.
Então eu passo a me despir, me lanço em queda livre nessa aventura calorosa chamada amor e o deixo perfumar a minha vida.

As folhas que eu ainda tinha eram aquelas que nasceram na primavera e enfeitaram a minha vida até o fim do verão, mas elas não resistiram à sequidão de um sentimento que não sobrevive a outonos e invernos.

Finalmente chega o inverno...
E agora eu me vejo renascendo, eu me vejo florescendo em cor no frio dezembro de Paris.



T. M. S.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Sábado e Domingo

Postado por Thais Barros às 01:57 0 comentários



Manhã de sábado, este seria o mais divertido de todos, mais até do que aqueles em que eu passava na casa da vovó.

 Parecia até que o ar estava diferente, o clima mostrava-se aos poucos, embalada por uma agradável temperatura eu despertei.

Sim, era outono. 

E por mais sombrio que o outono pudesse parecer, as cores inundavam a manhã, a minha manhã. Abri a janela e tentei entender o que o tímido sol queria me dizer e eu pude vê-lo revelar que naquele dia o brilho seria meu.

O dia em que tudo aquilo que não passava de brincadeira na minha infância viria à tona como a mais pura realidade e enfim não mais escreveria contos. 

Viveria o meu e o construiria ao lado do meu príncipe. 


Manhã de domingo, este seria o primeiro de muitos, dos muitos que viveríamos juntos.

O ar estava diferente, compartilhávamos uma só respiração, embalada por braços e mãos que me trançavam eu despertei. 


Sim, ainda era outono.

E por mais que ainda o fosse, minha manhã inundava a minha alma com cores diversas, vivas, as nossas cores. Com a janela entreaberta pude ver o tímido sol querendo dizer “Bom dia, hoje eu brilho para vocês, para a nova vida de vocês”.


O dia em que levantei diferente, olhei meu corpo e minha mão, nela estava uma bela aliança, e vi que já não eram apenas meus, mas dele também.

Estava vivendo o meu conto. 

Movi-me lentamente, reafirmando o encaixe de nossos corpos, com um beijo te despertei. 


Sábado foi o dia em que nos casamos e domingo...

O primeiro em que acordei ao teu lado.



T. M. S.








domingo, 4 de março de 2012

Manias à parte

Postado por Thais Barros às 01:52 0 comentários







Manias só minhas.
Sim, algumas muitas.
Um número relevante.

Eu e a minha mania de contar.
Contar as minhas manias,
Contar das minhas manias.

Manias só minhas.
Você é uma delas.


T. M. S.



quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Espelhos de nós mesmos

Postado por Thais Barros às 23:38 0 comentários





Se as pessoas se percebessem...
Entenderiam a relevância do estranho que atravessa o sinal na direção oposta.
Ele é tão humano como você.
Ele dorme, chora e ama.
Tem seu dia ruim, tem seu dia bom, tem seus dias comuns.

Se as pessoas enfim se percebessem...
Elas se respeitariam mais.

Justamente pelo fato de ver em cada detalhe que compõe o próximo
Traços de igualdade.
Traços de si mesmo,
Como se fosse um espelho.

Nós somos espelhos atravessando o sinal.


T. M. S.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

(re) Humanize-se!

Postado por Thais Barros às 17:24 0 comentários



Onde a tua verdade se esconde?
Num abraço guardado.
No perdão jogado em águas fundas.

Onde as mentiras nasceram?
Nas frustrações erguidas.
Nas condições de um passado ainda presente.

Você está sob condições enigmáticas,
Um estigma instigado pelo intrigante eu humano.
O qual sempre será difícil de entender.

Quem dera eu pudesse expressar apenas dó.
A consideração exaspera em algo
Que os humanos nomearam de dor.

Dor em ver-te agir como se não fosse humano.
Desumano ver-te anular-se...
Ver-te verter lágrimas que humano algum pode ver,
Se não aquele que conhece a tua alma.


Mostre tua verdade, quem na verdade você é,
Quem na verdade eu conheci.
Ame, abrace, (re)humanize-se!




T. M. S.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Eu me importo apenas que você exista...

Postado por Thais Barros às 22:08 0 comentários



Respiramos o mesmo gás
Vivemos no mesmo planeta
Falamos o mesmo idioma

É um bom início, não?!

Temos pensamentos comuns
Algumas idéias divergentes,
Eu disse algumas.

Somos ecléticos
Trovamos com desenvoltura madrugadas à fio
É também na madrugada que dançamos,
Sem a desenvoltura que temos na escrita,
Mas dançamos e rimos.

Queremos as mesmas coisas,
Não todas, mas muitas.
Dentre elas me pego querendo você
E quando você me pega pelos braços
Deixa claro todo o teu querer.

O fato de você ser um sedentário de exatas e
Eu uma corredora compulsiva de humanas
Não importa nenhum pouco,
Assim como o fato de eu não ter pressa pelo futuro,
Mesmo que ele seja amanhã.

Ao menos que amanhã a gente se veja,
Jogue conversa fora, dance um pouco e
Ria muito.

Mas se amanhã cruzarmo-nos na rua e não nos percebermos...
Só o fato de saber que
Respiramos o mesmo gás
Vivemos no mesmo planeta e
Falamos o mesmo idioma...
Fará toda diferença.

Eis a tua simples e relevante existência.




T. M. S.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Hoje eu saí para almoçar...

Postado por Thais Barros às 22:34 0 comentários







Sentei no Tarantino, olhei o Menu como quem procurava sabendo que não encontraria.
O garçom então perguntou:
Já sabe o pedir?!

Por alguns segundos eu esqueci completamente que tinha ido lá, que estava lá e a razão pela qual fiquei em uma fila de espera para entrar...
E os segundos entre a pergunta do garçom e a minha resposta irromperam num filme sendo passado cuja lente era a minha íris, olhando o nada e revivendo as lembranças do tudo, com os lugares em que fomos para fazer o que eu estava fazendo, só que agora sozinha.

Num piscar respondi:
O mesmo de sempre.

O detalhe é que o de sempre era você e esse pedido não tinha no cardápio.

Despertei e enfim pedi o ravioli light.
Meu pedido finalmente chegou.
Hoje saí para almoçar...

Você.




T. M. S.
 

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