sábado, 2 de março de 2013

Capítulo 02

Postado por Thais Barros às 09:53 0 comentários
Na maioria das vezes ou para a maioria das pessoas você tem um olhar cansado, de quem trabalha e se vira sozinho dentro de casa, ou como alguns podem achar é apenas aquele olhar de alguém com mais de 30.

Pra mim isso seria o suficiente, mas é ínfimo diante do que vejo e descubro todos os dias nesse olhar.


Sobre o olhar do meu anjo eu escrevi mais um capítulo...





Teu olhar...

Me sorri sem dentes e boceja lindo depois das dez da noite.
Aliás, depois das dez, você fica muito mais irresistível.

Me leva a lugares distintos, jamais conhecidos.
E eu iria onde ele quisesse me levar.

Me arranca sorrisos e gargalha comigo.
Responde muito bem ao estímulo do meu olhar.

Me fala em silêncio e usa termos que jamais foram ditos.
Tem sempre algo a ensinar, como calar até quando não há voz.

Me tira palavras, me põe no lugar certo e retoma rédeas perdidas.
Da mesma forma traz melodias, histórias e poemas. Me inspira.

Me acaricia a alma, é o abraço que ela tanto ama.
E guarda minha fragilidade em você, é repouso e abrigo para o meu olhar.

Me congela no calor e aquece no frio.
Faz mover este meu olhar que nada sentia.

Me prende sem algemas a uma liberdade incontida.
Eu me rendo facilmente a coerção que ele tem, teu olhar.

Me devora todos os pedaços enquanto me examina em cada traçado que me compõe.
Faz minha respiração oscilar a ponto de quase perder o ar.

São castanhos médios, que tendem a ficar claros no sol ou quando você está cansado demais, teus olhos.
O esquerdo de pequeno que é, diminui um pouco mais quando o sono chega e você fica assustadoramente lindo e convidativo, mas lindo do que já o é.

Teu olhar tem dessas coisas que ninguém mais vê além de mim...
 E eu curto ser a única nisso.



T. M. S.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Capítulo 01

Postado por Thais Barros às 21:52 0 comentários
Sobre o olhar do meu anjo eu tenho alguns capítulos...






Meus olhos, quase que em estado de hipnose.
Tragando os teus.
Admito que a ausência de luz e a comodidade do chão frio da sala me deixaram a vontade para olhar pra onde eu quisesse e não havia lugar melhor que você para repousar minha visão.

Por mais que os meus olhos pertencessem a você, eu olhava longe, como alguém que enxerga além do mundo.

Segui teus traços com os olhos e a ponta dos dedos, como quem examina, e guardei para mim a lembrança do teu rosto. Adoro tocar teu rosto!
Demos início a uma pequena disputa de olhares, eu dispenso fugas em momentos como este.
Aliás, eu hesito fugir de você em momento qualquer.

E o que antes era apenas um descanso tornou-se uma busca, eu buscava palavras, pensamentos e tudo mais que os teus olhos pudessem ou quisessem dizer.
A verdade é que eles nada afirmavam, eles vagueavam na mesma busca que eu.
Entender os olhos que refletiam nos teus, e estes eram os meus.

Meus olhos descobriram o fim da guerra e por fim renderam-se a você, que já me olhava como quem me cercava por todos os lados até prender-me contra a parede.
Engraçado, nós não saímos do lugar.
Ainda estávamos sentados no chão frio da sala à meia luz, quase que recostados no sofá...




T. M. S.

Sou sem medo de ser...

Postado por Thais Barros às 17:13 0 comentários


ESPONTÂNEA...





Sou atípica, imprevisível e atemporal.
Eu sou do jeito que a sociedade reprova, a luz escura da civilização.
A antítese do padrão.
Sou tempero, sou veneno, sou cura.
Eu sou do gosto que o meu bem gosta, ardo na boca e queimo a alma.
O sabor exclusivo dele.
Sou procura, sou pergunta, sou resposta.
Eu sou um universo de idéias, conceitos, desejos e descobertas novas.
A reticência em vida...


Sou menina abrindo a caixa.
Sou moça abrindo a alma.
Sou mulher abrindo a cabeça e o corpo.
Sou as três ainda e não me importo com a simultaneidade de os ser.


Sou tudo isso depois de ter lido "Via Crucis do Corpo" de CL e relido a minha vida.
E por sinal são duas ótimas leituras.


T. M. S.




 

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