Manhã de sábado, este seria o mais divertido de todos, mais
até do que aqueles em que eu passava na casa da vovó.
Parecia até que o ar estava diferente, o clima mostrava-se aos poucos, embalada
por uma agradável temperatura eu despertei.
Sim, era outono.
E por mais sombrio que o outono pudesse parecer, as cores inundavam a manhã, a
minha manhã. Abri a janela e tentei entender o que o tímido sol queria me
dizer e eu pude vê-lo revelar que naquele dia o brilho seria meu.
O dia em que tudo aquilo que não passava de brincadeira na
minha infância viria à tona como a mais pura realidade e enfim não mais
escreveria contos.
Viveria o meu e o construiria ao lado do meu príncipe.
Manhã de
domingo, este seria o primeiro de muitos, dos muitos que viveríamos juntos.
O ar estava
diferente, compartilhávamos uma só respiração, embalada por braços e mãos que
me trançavam eu despertei.
Sim, ainda
era outono.
E por mais
que ainda o fosse, minha manhã inundava a minha alma com cores diversas, vivas,
as nossas cores. Com a janela entreaberta pude ver o tímido sol querendo dizer “Bom
dia, hoje eu brilho para vocês, para a nova vida de vocês”.
O dia em que
levantei diferente, olhei meu corpo e minha mão, nela estava uma bela aliança,
e vi que já não eram apenas meus, mas dele também.
Estava
vivendo o meu conto.
Movi-me lentamente, reafirmando o encaixe de nossos corpos,
com um beijo te despertei.
Sábado foi o dia em que nos casamos e domingo...
O primeiro em que acordei ao teu lado.
T. M. S.
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