sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Uma questão matemática
Eis a forma jamais nomeada,
De natureza desconhecida e origem não identificada; EU.
Assim como os ângulos sinuosos que possuo,
Incontáveis também são os meus lados desiguais.
Eu, uma forma sem fórmulas,
De razoável explicação e difícil entendimento.
Sou pedra lapidada pelo tempo,
Pelas pessoas, pelas dores e amores,
Por tudo o que vem e passa.
Sou fragmento de uma descoberta,
Sou partícipe da experiência de ser complicadamente EU.
Meu lado avesso não é o mesmo,
Digamos que talvez eu seja pior.
Pior que ser mulher, pior que álgebra ou aritmética.
Sou o valor dos meus lados
Postos a prova de um caráter que natureza ou origem alguma rotulará,
Cuja soma, subtração, divisão ou multiplicação não decifra, mas resulta.
Sou...
Uma questão matemática.
T. M. S.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário