Pra mim isso
seria o suficiente, mas é ínfimo diante do que vejo e descubro todos os dias
nesse olhar.
Sobre o olhar do meu anjo eu escrevi mais um capítulo...
Teu olhar...
Me sorri sem
dentes e boceja lindo depois das dez da noite.
Aliás,
depois das dez, você fica muito mais irresistível.
Me leva a
lugares distintos, jamais conhecidos.
E eu iria
onde ele quisesse me levar.
Me arranca sorrisos e gargalha comigo.
Responde
muito bem ao estímulo do meu olhar.
Me fala em
silêncio e usa termos que jamais foram ditos.
Tem sempre
algo a ensinar, como calar até quando não há voz.
Me tira palavras, me põe no lugar certo e retoma rédeas perdidas.
Da mesma
forma traz melodias, histórias e poemas. Me inspira.
Me acaricia
a alma, é o abraço que ela tanto ama.
E guarda
minha fragilidade em você, é repouso e abrigo para o meu olhar.
Me congela
no calor e aquece no frio.
Faz mover este meu olhar que nada sentia.
Me prende
sem algemas a uma liberdade incontida.
Eu me rendo facilmente a coerção que ele tem, teu olhar.
Me devora
todos os pedaços enquanto me examina em cada traçado que me compõe.
Faz minha
respiração oscilar a ponto de quase perder o ar.
São castanhos médios, que tendem a ficar claros no sol ou quando você está cansado demais, teus olhos.
O esquerdo de pequeno que é, diminui um pouco mais quando o sono chega e você fica assustadoramente lindo e convidativo, mas lindo do que já o é.
Teu olhar tem dessas coisas que ninguém mais vê além de mim...
0 comentários:
Postar um comentário